Heey meus marcadores, isto
deveria ser uma simples crítica, entretanto como o "Sangue do Olimpo"
é o último livro de duas
sagas (já que muitos personagens de Percy Jackson continuam sua jornada em Os
Heróis do Olimpo), acho que isso merece ser mais especial. O simples fato de
não ler a primeira saga traz a total incompreensão da segunda, devido ao fato
desta se fazer complemento daquela.
Na primeira saga, Percy Jackson e os Olimpianos, nos é
revelado que os antigos deuses gregos ainda existem, que continuam procriando. Percy
é um desses novos semideuses, filho de um dos três grandes deuses, Poseidon, o
deus do mar. E é pelos olhos dele que acompanhamos a saga que se constrói em
impedir Cronos, o titã “avô” do personagem principal, de destruir o Olimpo e
assim dominar o mundo. E depois que todas as desventuras ocorrem, quando
achamos que tudo acabou bem, é ai amigo, que somos surpreendidos novamente:
"Sete meio-sangues responderão ao
chamado
Em tempestade ou fogo, o mundo terá acabado
Uma promessa a manter com um alento final
E Inimigos com armas às Portas da Morte
afinal"
O autor Rick Riordan expande o
universo mitológico em uma nova pentalogia, Os Heróis do Olimpo. Há uma grande
diferença nas duas sagas, a mais clara é a narrativa. Na primeira a narrativa é
em primeira pessoa no ponto de vista de Percy, o que torna a história rápida
mais superficial, já que conhecemos aos outros e analisamos aos fatos apenas
pela visão dele. Já na segunda, temos um narrador onisciente, que oscila a cada
capítulo pela mente de um personagem.
A mudança de narrativa é um dos
pontos positivos, pois ampliando nossa visão, temos sentimentos, conflitos mais
claros e maior profundidade nos personagens. Porém, tio Rick mantem fiel o seu jeito
de passar o conhecimento mitológico e sua “formula”, que é: coisas ruins acontecem,
prazo para salvar algo, mais coisas acontecem, chega o limite do prazo e salvam
ou não.
Um escritor tem sua fórmula, mas
Riordan abusa da sua. Nos 10 livros da saga (Podem colocar aqui uma outra saga
dele, As Crônicas dos Kane.) é sempre o mesmo conceito. E chega uma hora que
MUITAS coisas ficam acontecendo para impedir os heróis, e isso se torna extremamente
cansativo. Ele poderia facilmente cortar muitas lutas e acrescentar conteúdo
aos personagens. Mesmo com a melhora na transição, eles não vão muito além.
E, meus marcadores, deixe me
dizer sobre o fim... (NÃO TEM SPOILER)
Foi um bom final, me agradou. Poderia ter mais mortes? Sim, devia! Mas no geral fiquei feliz, apenas queria um
ponto final de verdade, acabou em aberto e de maneira bem subjetiva.
As duas sagas são excelentes Nik?
Não, não são. Não só pelos erros,
que temos com todo autor, mas a obra não se tornou brilhante só pelo conteúdo.
Foi inovadora, moderna e com um objetivo didático sutil. Percy Jackson e suas
aventuras não dão a mim um exemplo de grande saga, mas sim de diversão e
amadurecimento. Por uma parte da minha vida eu cresci com ela, amadureci com as
pessoas que só conheci por causa dela (Fica aqui os agradecimentos ao tio Wag
por criar o fã clube Vale Semideus, ao chalé 7 e todos outros campistas).
Então agradeço a Riordan por
criar essa saga. Por criar um mundo onde eu me encaixei e me trouxe pessoas
para terminar o quebra cabeça. Criar uma segunda "Geração Harry
Potter", no sentido aqui de: criar uma saga para jovens leitores que
possibilite um mundo alternativo a elas.
#Nox
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